POLÍCIA MILITAR ADERE À CAMPANHA DO GOVERNO DO ESTADO DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE 21/05/2018 - 13:00
A Polícia Militar do Paraná, por meio da Diretoria de Polícia Comunitária e do Batalhão de Polícia Rodoviária do (BPRv), aderiu à campanha da Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social combate à violência contra a criança e o adolescente, denominada “Não engula o choro”. Para marcar o engajamento, com apoio do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) a corporação promoveu uma mesa de debates na manhã desta sexta-feira (18/05), para orientar os comandantes de Companhias e postos sobre o tema. Além disso, a partir de hoje materiais informativos sobre o tema serão distribuídos pelos policiais rodoviários nas estradas estaduais em todo o estado.
A atividade de debate foi presidida pelo Diretor de Polícia Comunitária da PM, tenente-coronel Vanderley Rothenburg e envolveu profissionais de segurança pública e de outras secretarias engajados no tema. A campanha, que trata das violências física, verbal, sexual e psicológica com crianças e adolescentes, contém materiais para crianças e para a Rede de Proteção a Crianças e Adolescentes como folders, cartilhas, outdoors, filmes, entre outros.
"A filosofia de Polícia Comunitária nada mais é que buscar, em parceria com a comunidade, soluções para os problemas afetos à nossa sociedade atual. Hoje, neste dia de enfrentamento, estamos aqui para mostrar que a PM está engajada neste trabalho, e apoia esta ideia”, disse o tenente-coronel Rothenburg. Ainda de acordo com o oficial, a PM já tem feito trabalhos focados nesse tema. “Estamos mostrando que toda a PM esta imbuída, mas principalmente os policiais do BPRv buscando parcerias e pessoas comprometidas com a campanha, mostrando aos policiais como proceder, demonstrando força, união e integração.”
Para o Comandante do BPRV, tenente-coronel Erich Wagner Osternack a unidade não vai medir esforços para contribuir com esta campanha. “A partir de hoje, o BPRv, através das seis Companhias e 56 postos, está engajado nessa campanha e auxiliará nas orientações às pessoas sobre como denunciar a violência e exploração infantil, bem como vai atuar nos casos em que houver flagrante e adotar os encaminhamentos necessários. Nosso trabalho de fiscalização nas rodovias vai se intensificar e os policiais militares farão a entrega de materiais educativos para prevenir esses casos.”
O superintendente das Políticas de Garantias de Direitos, da Secretaria da Família, Leandro Meller, afirmou que o desenvolvimento físico e intelectual está relacionado aos estímulos do ambiente experimentados na infância. “A violência é violação de direitos, em qualquer idade. E seja qual for o tipo poderá deixar marcas profundas na formação da criança, principalmente nos primeiros anos de vida”, disse. “Nosso objetivo é abranger todas as regiões do estado e temos um importante aliado para isso que é o 181-disk denúncia”, completou.
A maioria dos casos ocorre dentro de casa, com um familiar da criança ou alguém do convívio, de acordo com o juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência do Tribunal de Justiça. “Entre os sinais de abuso sexual infantil estão a evasão escolar, a queda no rendimento escolar e esta criança também se torna reprimida”, descreve. “Cumprimento a PM pela iniciativa devido a ser um tema delicado, precisamos destas bases [policiais e professores] para abordar o tema de maneira correta”, complementa.
DADOS – Em 2017, o 181 Disque denúncia registrou 1.245 denúncias de violência contra crianças e adolescentes de 1º de janeiro deste ano até esta quinta-feira (17/05) foram 505 denúncias. “O 181 nasceu na PM do PR para a denúncia de narcotráfico e hoje é usado em vários outros estados. Nossos policiais estimulam, e devem estimular cada vez mais, a população a fazer a denúncia pelo Disque Denúncia, que é anônimo e gratuito”, diz. As denúncias também podem ser feitas pelo site do 181: www.181.pr.gov.br.
A tenente da Reserva Remunerada e voluntária da Diretoria de Polícia Comunitária da PM, Luci Belão lembrou que dados do Portal Brasil (coletados junto ao Disque 100) apontam que em 2016 foram 17,5 mil registros de casos de violência, e desses 72% são abusos sexuais, sendo 67,7% contra meninas e 17,79% contra meninos. “40% são de crianças de 0-11 anos, 30,3% são de 12-14 anos e 20,09% são de 15-17 anos.”
PRESENÇAS - Compuseram a mesa diretiva o Coordenador de Polícia Comunitária, tenente-coronel Vanderley Rothenburg, o juiz auxiliar da 2ª vice-presidência do Tribunal de Justiça, Ricardo Henrique Ferreira Jentzsch, o Superintendente da Garantia de Direitos da Secretaria de Estado de Defesa Social, Leandro Nunes Meller, a colaboradora da Coordenadoria de Polícia Comunitária, tenente Luci aparecida Rocha Belão, a subtenente da reserva remunerada, Tânia Guerreiro, a representante da Secretária de Educação, Andrea Rosa e o Coordenador Estadual do 181, capitão Edivan Fragoso.
Também estavam presentes no evento o diretor do Departamento de Estradas de Rodagem, Paulo Tadeu Dziedrick, o comandante do Batalhão de Polícia Rodoviária, tenente-coronel Erich Wagner Osternack, o comandante do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária, tenente-coronel Ronaldo de Abreu e o delegado do 1º Distrito e membro da Coordenação Estadual dos Conselhos de Segurança do Paraná (Conseg) do bairro Centro, Ivo Dyniewicz Junior.